Para analisar nossa condição
no mundo o ideal seria responder algumas questões para nós mesmos. Não se trata
aqui de um tratado de alto-realização e sim de algumas dicas. As questões
colocadas são apenas um norte dado, outras questões podem ser colocadas para
essa análise.
Quem nós somos?
Essa é uma questão um tanto filosófica por outro lado muito óbvia. Porém, quase
sempre nos esquecemos de responder para nós mesmos. Entender quem nós somos é o
primeiro passo da transformação. É claro que isso vale para as pessoas que
querem mudar seu modo de vida.
Onde estamos?
Esse ponto, ao contrário do que possa se pensar, trata não apenas do “onde
estamos” em relação à nossa condição financeira, mas, sobretudo, do onde
estamos em relação às nossas habilidades e competências. Cabe ressaltar aqui as
habilidades de relacionamento intrapessoal e interpessoal. Tanto uma quanto a
outra, são extremamente importante para nosso desenvolvimento pessoal e
profissional.
A habilidade de
relacionamento intrapessoal diz respeito ao modo como o individuo se
relaciona consigo mesmo, como trabalha com seus prazeres e desprazeres. É certo
que existem vitórias e derrotas na vida de todos. Porém, a maneira como cada um
toma essas vitórias e derrotas variam de pessoa para pessoa conforme o seu grau
de maturidade.
Relaxar e deixar as coisas acontecerem nem sempre é a
melhor saída. Tentar levar o mundo nas costas e colocar sobre si mesmo o peso
agudo da culpa quando algo não caminhou bem pode ser uma perda de tempo. O
ideal é traçar metas e objetivos, aprender com erros e acertos, buscando
informações, transformando informações em conhecimentos e conhecimentos
aplicados em sabedoria.
A habilidade de
relacionamento interpessoal está relacionada ao modo como o indivíduo se
relaciona com as demais pessoas. Devido à complexidade dos relacionamentos
interpessoais a história da humanidade foi se desenvolvendo junto com um
acumulo de leis para manter o equilíbrio entre pessoas, organizações e nações.
Visto que apesar do volume de leis para equilibrar as
relações humanas não conseguem por si só a harmonia entre as pessoas, podemos
recorrer aos termos como: ética, empatia, valores, princípios entre outros. Há
muito para se falar sobre esses termos, porém esse não é o objetivo do texto.
Procurou-se tratar de forma sintética a empatia.
A empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro.
A partir dessa premissa podemos considerar uma variedade de aspectos e de
evitar uma série de problemas. O ser humano vive em sociedade e ele gosta de
viver em sociedade. Assim, entende-se a sociedade com um organismo vivo, onde
cada pessoa representa uma célula, uma molécula, um átomo. Como uma parte do
organismo pode boicotar ou lesar a outra? Quanto mais gente feliz e satisfeita
ao seu entorno, melhor sua vida será. É preciso buscar continuamente a harmonia
nas relações e para isso não há necessidade de corromper ninguém, basta
respeitar as diferenças e respeitar pontos de vista divergentes.
Onde queremos
chegar? Onde queremos chegar como pessoas e profissionais é outra questão
para ser refletida. As necessidades humanas têm vários estágios. Um
recém-nascido tem necessidade de se alimentar, dormir e ser limpo quando suja a
frauda. Tudo isso é obrigação de seus responsáveis.
Com mais alguns anos de idade tem necessidade de
descobrir as coisas. Tudo que pega leva a boca, joga, faz coisas impensáveis
pelos adultos. Enfim, chega o estágio da escolarização. Agora ele precisa
aprender a viver entre outras pessoas, diferentes daquelas com quem vive por um
longo período. Esse aprimoramento depende da ação conjunta de pais e
professores.
A adolescência é uma das fases mais delicadas, não é
apenas viver em um grupo diferente, ele precisa ser aceito pelo grupo,
interagir com o grupo, entender as regras do grupo e não deixar se afetar
negativamente por alguns indivíduos do grupo. Além de não entender bem como
essa interação funciona, muitos adolescente têm a necessidade de se sobressair
ao grupo. Ele precisa ser notado! Não obstante, há àqueles que se intimidam
perante o grupo.
Tanto no caso dos
tímidos quanto no caso dos demasiados extrovertidos há desequilíbrio. O apoio
da família e da escola é fundamental para direcionar esses adolescentes. Cabe
aos pais e profissionais da educação mostrar para os demasiados extrovertidos –
através de métodos pedagógicos – que o mundo se torna melhor para viver em
comunidade quando existe o compartilhamento. E no caso dos tímidos é preciso
mostrar que o mundo é a sua casa também e ele tem direto de se expressar, sem
medo de errar, na maioria dos casos os erros podem e devem ser corrigidos.
Já na fase adulta o ser humano tem necessidades
diferentes como: se estabelecer profissionalmente e financeiramente; conhecer o
ser amado, ser correspondido, ser reconhecido pela sociedade pelos seus feitos.
Mais quais são esses feitos? Como chegar a esses feitos? Voltamos ao princípio.
Como chegar? Façamos
uma analogia. Se quero ir de Vinhedos até a Avenida Paulista em São Paulo
programo a data, economizo algum dinheiro, vou até o centro, compro a passagem,
desço no terminal Tietê e procuro o metrô ou ônibus que me leve até a avenida
Paulista. E se quero chegar a diretor de uma multinacional, quais são os
passos? Você já parou para pensar nisso?
Como chegar a Avenida Paulista nós já descobrimos. E como
chegar aos nossos objetivos profissionais e pessoais? Sonhar com esse ou aquele
cargo, uma farta aposentadoria e uma casa tranquila no litoral ou no campo é
muito válido. Porém, sonho em excesso vira delírio e saímos da realidade
esquecendo que o futuro se constrói no presente.
É preciso saber onde queremos chegar, buscar exemplos de
pessoas que chegaram lá, verificar suas competências e habilidades, desenvolver
essas competências e habilidades, aprender com a história, entender o que se
passa no presente e ter o foco no futuro. E somado a isso é necessário o bom
relacionamento com a família, amigos, colegas de trabalho e faculdade e o
desenvolvimento contínuo de uma boa rede de contatos.
Planejamento: o planejamento é feito de acordo com as
possibilidades e limitações de cada pessoa. Dependendo das possibilidades e
limitações uma pessoa pode chegar mais rapidamente a um ponto que a outra. Isso
não significa que a outra não conseguirá chegar. É importante traçar objetivos
e para cada objetivo criar metas.
Não se deve desanimar caso uma meta
não se concretize no tempo estabelecido. Muitas vezes o tempo não foi
devidamente calculado e não se considerou as possibilidades e limitações. Nesse
caso é preciso fazer um replanejamento. Replanejamento é uma tarefa bastante
usual na vida das empresas e cabe muito bem para a vida das pessoas também.