30 de maio de 2017

Chris Watkins Music and History

A disponibilização da informação e conhecimento através da internet tem quebrado diversas barreiras como nunca se viu na história da humanidade. A mobilidade desses recursos também é algo que chama atenção. Com melhor capacidade de escolha, a sociedade pode ter acesso a uma gama de recursos desde informação, formação e entretenimento. No campo do entretenimento temos as artes, e na ala das artes temos a musica.

Em um passado não muito distante o meio musical foi tão disputado que era quase um sonho gravar um álbum e ainda mais penoso divulgá-lo. Com o advento das novas tecnologias digitais e da web essa disputa se tornou mais justa, revelando novos e talentosos artistas que estão a um click da audiência.

Nesse cenário encontramos o músico, cantor e compositor Chris Watkins. Chris é oriundo de São José, Califórnia, Terra conhecida pelas suas belas praias e torneios de surf. Embora tenha nascido na terra do sol, o artista nos conta que passou a infância em Anchorage, uma cidade portuária no Alaska; e maioria do tempo se dedicava à leitura.   

Chris foi influenciado pelo musica desde muito cedo, por meio dos hinos que eram cantados na igreja que frequentava com a família. O artista desenvolveu seu estilo e técnica de canto por conta própria, jamais frequentou aulas. O artista nos revela que quando está desenvolvendo uma composição ele não faz pausas, o tempo todo está com o violão trabalhando naquilo; quando não está compondo ele jamais o toca.

Sobre as dificuldades no início da carreira musical o artista comenta que para ele a maior delas foi viver em uma região onde não havia uma indústria musical. Contudo, através de seu pai, aprendeu a tocar seu instrumento principal, o violão, e continuou desenvolvendo suas habilidades artísticas. O artista adiciona que seu primeiro instrumento fora emprestado da escola de musica e escolheu o violão por causa da portabilidade. Os artistas que o inspiram são: Bob Dylan, Lou Reed e Leonard Cohen.


Chris começou a compor aos dezesseis anos. Sua inspiração para escrever suas obras vem da vida e da arte em geral. Diferentemente de outros compositores, Chris tem um processo de criação peculiar, geralmente se dedicar a criar suas canções durante quatro a cinco meses no ano; e a outra parte do tempo ele passa se preparando para um novo ciclo de criações.

Sobre colaborações musicais, o artista acrescente que varia de projeto para projeto, porém cada novo álbum é uma colaboração em certo sentido. Entre suas composições favoritas estão: Dark Old Houses e Lasses and Ladies (2016). Seu mais recente trabalho é o álbum 'Lights All Askew', gravado em 2016, contendo as musicas: Munich, Looking Glass Life, Soldiers and Dogs, Ivory Towers, Lasses and Ladies, Dark Old Houses, Broken Gate, Cheerleader in Love, Souls Midnight e  Lights All Askew.

Para Chris, a dificuldade na carreira musical, tanto no passado, quanto atualmente está relacionada ao dinheiro. Contudo, o artista ressalta que tem se acostumado com isso. Questionado sobre o levou a trabalhar com musica, o artista enfatiza: “Porque este é o último refugio de um erudito”.

Perguntado sobre como vê a complexidade do mundo, o compositor salienta que: as pessoas em países como o Brasil, terão que fazer suas vozes serem ouvidas  diante das mudanças políticas impostas pela América. Chris revela que sua grande fé, em relação ao futuro do mundo, está nos jovens do mundo e de países como o Brasil. 


De acordo com o artista, o que o aborrece é o excesso de propagandas. E o que o faz se sentir bem, são artistas que buscam se ajudar mutuamente e se respeitam. Sobre sua relação com a musica, Chris define que ele sempre esteve presente em sua vida. 

E para concluir a entrevista, o artista deixa a seguinte recomendação: “Não escute as corporações, use sua cabeça”. Para conhecer mais sobre o trabalho musical de Chris Watkins, visite: Chris Watkins Oficial Web Site; SoundCloud; Twitter; Fan Page; e iTunes.

25 de maio de 2017

Claudio Meluzzi Music and Life

Berço da Bossa Nova e do Samba, gêneros musicais apreciados por pessoas do mundo inteiro, o Brasil frequentemente exporta talentos. O país sempre recebeu de braços abertos imigrantes de diversas regiões do planeta, o que o ajudou a estabelecer laços com outros povos e desenvolver uma ampla diversidade cultural.

Foi nessa terra de extrema riqueza cultural que nasceu o compositor e produtor musical Claudio Meluzzi. Claudio é oriundo de Brasília, região central e capital do país. O compositor se interessou por aprender a tocar um instrumento aos onze anos de idade, no entanto, revela que para se tornar um grande músico acredita que deveria ter começado bem mais cedo.

Atualmente Claudio vive em Viena, Áustria por conta de seu trabalho não relacionado à música. Perguntado sobre a importância do idioma inglês em sua carreira musical, o artista destaca que falar inglês é fundamental para qualquer atividade e do mesmo modo para musicistas. “A maioria das informações disponíveis na internet está em inglês; não falar inglês é uma grande barreira para aprender coisas novas e conectar-se com outras pessoas”, ressalta.

No início de sua trajetória pela música Claudio costumava treinar piano por cerca de duas horas por dia. Atualmente o artista se dedica nas suas criações e toca com menos frequência. Seus pais e irmãos lhe incentivaram desde o começo, colocando-o em cursos de música e dando-lhe seu primeiro piano.

O não sente dificuldade na carreira musical, pois tem a musica como um hobby, algo que adora fazer e lhe traz prazer. Para Claudio um dos desafios foi ter que aprender musica um pouco tarde, o que o levou a escolher outra profissão como meio de vida.

Seu principal instrumento foi o piano, no qual aprendera as primeiras notas, acordes e ritmos musicais. De acordo com o artista, as professoras Lilian Carneiro de Mendonça e Annunziata Spencieri de Oliveira, ambas da cidade de Goiânia, proporcionaram a base musical que tem hoje. Atualmente o compositor se aproveita das modernas tecnologias usando sintetizadores para desenvolver suas trilhas e enriquecer ainda mais seus trabalhos musicais.

Claudio é um admirador da música clássica por conta de sua criação e formação musical. Em relação à música pop, o compositor aprecia o trabalho de Lana Del Rey, Hooverphonic, Paloma Faith, entre outros. Sua primeira performance pública se deu nos anos 80 quando fez parte de uma banda de rock juvenil formada por um grupo colegas do colégio. Não houve cachê e Claudio realmente jamais se interessou por isso. “Na verdade a música não é de onde vem meu dinheiro, e sim é onde eu gosto de gastá-lo”, revela.

Sua vocação para a composição musical se deu em 2013, após uma cirurgia que o impediu de falar e trabalhar por alguns meses. Nessa ocasião, por conta das limitações para outras atividades, o artista passou a exteriorizar suas experiências pessoais através de sua arte.

Em seu processo de criação Claudio comenta que não há procedimentos padrão. Gosta, porém, de escrever uma base instrumental e enviá-la para um intérprete. Então, com o retorno dos vocais, o compositor faz a mixagem e os ajustes finais. “Adoro trabalhar com cantores e cantoras que colocam sua emoção particular nas canções; minha intenção é produzir músicas que sejam claras, apreciáveis, às vezes um pouco triste ou sensual, mas sempre, agradáveis de ouvir”, acrescenta.

Para o artista, cada uma de suas composições tem uma história, refletem um momento de sua vida e seria impossível escolher a favorita entre elas. Claudio planeja lançar seu primeiro EP talvez no final de 2017. Para o compositor um dos grandes desafios é obter a exposição adequada. Contudo, Claudio tem a música como algo bom em sua vida. “A música é uma peça de escultura, cada timbre, nota, melodia e acorde devem ser cuidadosamente planejados e modelados para alcançar a forma e o contorno desejado”, enfatiza.

A paixão de Claudio pela música vai muito além das vaidades mundanas e da ânsia de sucesso a todo custo. “A música é algo intrinsecamente humano, vai além de países, fronteiras ou modelos pré-concebidos; todos os gêneros – desde o clássico ao EDM – são aceitáveis; o único requerimento é que os instrumentos – sejam eles: acústicos, digitais ou eletrônicos – possam sempre comunicar emoção e sentimento”, ressalta. Para saber mais sobre o trabalho de Claudio Meluzzi acesse: Claudio Meluzzi Oficial Web site.


por Zel Florizel 

Revisão de texto: Suzanne Alvim  

15 de maio de 2017

Cody Wolfe Music and Life

O músico, cantor e compositor Cody Wolfe (23), nasceu em Winsted no estado de Connecticut, cidade com pouco mais de sete mil habitantes, famosa pela fabricação de relógios mecânicos no século XIX. Iniciou nas aulas de violão aos seis anos, após já ter tido algumas aulas de canto. O artista comenta que sua infância foi difícil, porém, feliz. “Meu pai era bastante rigoroso, contudo, me ensinou determinação e disciplina”, comenta. Em sua adolescência o Cody se ocupou com várias namoradas e comenta que foram tempos bastante agitados.

Sua paixão por seguir carreira musical aconteceu quando teve a oportunidade de ouvir o som de John Fogerty – guitarrista que se apresentava com as bandas: The Golliwogs e Creedence Clearwater Revival, entre as décadas de 1960 e 1970. Nessa ocasião Cody tinha dezesseis anos. “Ele é meu ídolo no rock and roll e vê-lo tocando realmente me conduziu a trilhar uma carreira musical”, ressalta.        

O artista comenta que em sua infância lhe faltava confiança então cantava apenas um tom. Foi com a ajuda de um professor oriundo de Nova York que aprendeu como expandir seu alcance vocal e mantê-lo. “Eu tinha apenas dezesseis anos e tinha medo no começo porque eu não queria estragar minhas cordas vocais que estavam em desenvolvimento”, acrescenta. Cody costuma praticar de quatro a oito horas por dia, porém, atualmente tem se dedicado mais em suas composições.

Desde o início o artista foi encorajado pelos pais, o encaminhado para aulas de canto, patrocinando suas primeiras produções e tudo que fosse relacionado com sua aspiração artística. “Foi um bom começo e o incentivo que eu precisava para construir a paixão por querer me destacar na música”, enfatiza.

Sobre as dificuldades no início da carreira o artista revela que elas ainda são presentes. Também comenta que apesar de negócios abertos com grandes selos, essas empresas não gostam de caras novos. “Eles querem ter a habilidade de controlar quem vai fazer sucesso e quem não vai, porém, eles nunca serão capazes de me controlar, e isto os leva a loucura”, destaca. Embora existam alguns desafetos ao redor, o artista alerta que está bem cercado por pessoas competentes e boas musicas. “Quando você tem essa combinação e Deus lhe da o dom de escrever musicas, ninguém pode impedir seu caminho”, adiciona.

O principal instrumento de Cody é a guitarra, o músico costuma passar horas analisando o modo que outros guitarristas tocam e como eles obtêm certos tons. Então, ele procura por pedais e outros acessórios que possam reproduzir o mesmo som. Um exemplo foi a guitarra da musica Bad Moon Rising da banda Creedence Clearwater Revival executada por John Fogerty. “Eu era obcecado pela limpeza daquele tom, após anos treinando não conseguia, tentei vários recursos, finalmente eu fui capaz de alcançá-lo depois de tentar uma combinação de cerca de quarenta recursos de uma só vez”, revela.

O artista acrescenta que pode parecer uma insanidade, mas é uma paixão para ele. “Isto é o que faz um bom músico, investindo seu tempo e dedicação para se aperfeiçoar”, pondera. Cody comenta que conhece quase todos os recursos dos maiores guitarristas, desde o rock ao country. Como exemplo o guitarrista Jason Aldeans usa um amplificador Mesa Boogie no estúdio; o Aerosmith usa bastante Feder Blackfaces; esses são alguns de seus interesses.


De acordo com o artista as pessoas comuns escutam uma guitarra e para eles isto é o som de uma guitarra. Contudo, para ele é muito mais que isso, é um sentimento, um estilo de vida, um interesse e amor incomparável. “Eu conheço as diferentes guitarras, os captadores usados em cada caso, as afinações, a bitola das cordas e a altura da pegada no braço”, afirma. Para Cody, ouvir a musica várias vezes e tocar como a gravação original é um desafio, e revela que esta é sua forma de aprender. “Se e tivesse que escolher uma guitarra favorita, essa seria uma que a Luthieria Forrest Custom Guittars fez para mim sob encomenda, ela soa como uma Les Paul, mas também sua como uma ‘Strat’ e uma ‘Tele’ com um P-90”, enfatiza. O artista acredita que sua próxima guitarra será ainda melhor. “Eu estarei trabalhando com Ernie Ball e Forrest Custom Guitars em uma colaboração conjunta” revela.

Cody teve poucas aulas de musica durante a infância tornando-se praticamente autodidata. Aprendeu ouvindo seus artistas favoritos e diminuindo a velocidade do vídeo para obter os acordes corretos. “Também tive um professor no colégio que sabia que eu detestava as aulas, então, em algumas oportunidades ele me tirava das aulas para tocar violão e ensinar-me alguns macetes, essa era a única parte que eu gostava no colégio”, enfatiza. Seus pais deram seu primeiro violão, o artista tinha seis anos e foi um presente de natal. Então, quando decidiu fazer carreira na musica seu pai lhe presenteou com uma ‘Sunburst Les Paul’, que foi novamente um presente de natal.

Seu gosto pelas guitarras veio através de seus ídolos, Cody gosta de usar diferentes guitarras para cada som, e tem cerca de 10 modelos disponíveis. “É um número pequeno comparado a muitos dos principais artistas que têm armazéns com centenas delas. Cada guitarra tem um som diferente, atualmente estou trabalhando com empresas de guitarras customizadas para tentar fazer uma guitarra que soa como quatro guitarras diferentes, então eu não tenho que mudar muito”, comenta. Os artistas que o inspira são: John Fogerty, Justin Bieber, Charlie Puth, Kiss, Brad Paisley, Lynyrd Skynyrd entre outros. A maioria deles por serem realmente talentosos, íntegros e também o caso daqueles que vendem muito.      

Sua primeira apresentação foi aos seis anos de idade, aos dezessete anos o artista comenta que teve seu primeiro show bem pago. “Nessa apresentação fomos realmente bem remunerados e ainda ganhamos o lanche, compartilhamos um final de semana com Colt Ford e tocamos em grandes casas de shows, foi realmente um ano muito feliz”, acrescenta. Nessa ocasião o artista percebeu que poderia obter dinheiro fazendo o que gosta, o que o deixou bastante empolgado.

Além de cantor e músico, Cody é também compositor, seu gosto pelas letras iniciou aos dezesseis anos. Suas primeiras canções foram Good Rock/Country Song, Will You Marry Me e Born On The Mississippi. Seus temas são variados como a maioria dos escritores. “Aleatoriamente anoto títulos e faço ruídos que soam como algo. Às vezes, coloco palavras casuais sobre uma progressão de acordes e formo uma melodia básica sem se preocupar com o que escrever de uma forma natural”, revela. Entre suas primeiras canções está a musica Chattanooga que fala sobre liberdade e uma viagem de trem atravessando o país e levando o tema através da música.

Em sua jornada pela musica Cody tem participado de algumas colaborações musicais como: o compositor Michael Howard que escreve também para Jason Andean e Chris Gantry; já teve convite de participação em composições com Colt Ford e Sundace, entre outros. Entre suas criações favoritas está a musica ‘Don't Blame Your Drunk On Me’. Atualmente o artista trabalha com um produtor da Sony Music de Nashville. “Ele é ótimo”, enfatiza. A Warner Music e outros selos têm acompanhado seu trabalho de perto. Com uma média de dez shows por mês o artista ainda não conta com assessoria de um empresário. “Por conta disso, tive que dar um diminuída por um tempo”, comenta. 

Cody não tem uma banda fixa, em algumas ocasiões apresenta-se acompanhado por Tim McGraws da antiga banda ‘The Dance Hal Doctors’. Perguntado se vive da musica o artista comenta que acredita isto está em sua alma e seria e seria legal se vivesse dela, pois assim, seria imortal.

Para o artista as dificuldades na carreira musical no passado foi obter reconhecimento, nos dias atuais a maioria dos artistas country o conhece e respeita seu trabalho. “Sou bastante conhecido em Nashville, porém, isso está mais relacionado à aceitação, essa não é uma carreira fácil. É preciso empregar muito dinheiro, se você não tem dinheiro, você precisa de contato”, revela. Cody também acrescenta que o fato de estar relacionado com alguém não é suficiente para que este lhe deva algum favor, e para ganhar reconhecimento deve-se guiar em busca disso. “Para melhorar seu vocal; senso de ritmo; desempenho no instrumento; seus cabelos, seus dentes e seu corpo; tudo lhe empurra para estar sempre melhor e melhor”, ressalta.

Um dos seus grandes ídolos foi Walt Disney e ele costuma seguir seu conselho que sempre dizia: ‘quando o imaginário cria algo, não importa quão bom isso é, deve-se procurar por meios de melhorá-lo’. “Eu faço desse modo, acordo e me empenho para obter o melhor, alcançar mais pessoas nas redes sociais, escrever mais sobre vários temas e melhorar minha performance vocal e instrumental”, enfatiza. De acordo com Cody, ele não escolheu a musica, foi a musica quem lhe escolheu.

Para o artista a musica é o meio de expressar sentimentos, emoções, colocar a alma para fora. “É muito legal quando saio com uma garota que não faz a menor ideia de quem eu sou, e então toco uma musica e ela não sabe que é de minha autoria”, comenta. Embora receba elogios, depois de falar que a canção é sua, o artista adverte a si mesmo que há sempre como melhorar e fazer sons diferentes também.

Sobre a complexidade do mundo, Cody diz que a percebe em outra perspectiva “Eu vejo sistemas quebrados na maioria dos casos, porém, também vejo coisas fantásticas acontecendo. O mundo é um belo lugar e não vejo a hora de conhecer mais lugares, viajei para fora do país somente uma vez”, revela. Sobre suas expectativas em relação ao mundo, o artista comenta que está aprendendo a seguir o fluxo e tentando preparar-se para o qualquer coisa apareça pelo caminho.

Recentemente o artista lançou o single ‘Don't Blame Your Drunk On Me’, que está disponível no iTunes Google Play e Amazon. Para saber mais sobre o trabalho de Cody Wolfe acesse: Cody Wolfe Official Fan Page.



11 de maio de 2017

Como Desenvolver Bons Hábitos

A civilização moderna tem se aprofundado na era do entretenimento e no mundo das ideias. Com o advento da internet o acesso ao conhecimento se tornou algo muito fácil. Contudo, o mar de conhecimento que circula na rede nem sempre é bem aproveitado. Mas por quê?
Um dos motivos é que a falta de foco se tornou uma 'máxima' nesses dias. Enquanto esse texto é escrito chegam notificações de um punhado de redes sociais. Escrever algo que acrescente, do mesmo modo que é bom para quem lê, também o é para quem escreve e haja disciplina para escapar das distrações. Desse modo percebe-se que, é menos trabalhoso e divertido ver postagens, fotos engraçadas e vídeo nas redes sociais do que se dedicar a algo relevante.

Passam-se horas, dias, meses e anos, porém, as possibilidades de se desenvolver novas habilidades são negligenciadas. Ocorreu uma inversão de prioridades no mundo contemporâneo, o tempo de produzir se tornou menor que o tempo de relaxamento. E a espera que algo aparece como num passe de mágica permanece, ou seja, algo que vai salvar a colheita de uma hora para outra. Espera-se assim, transformação sem ação.

Não obstante, são incontáveis os estudiosos e palestrantes que concordam que os bons hábitos podem ser cultivados. Os hábitos improdutivos se agarram nas pessoas sem que elas façam algum esforço para isso, basta usar o refrão daquela musica perniciosa que virou tema de uma dessas copas qualquer: "deixa a vida me levar". O bom hábito necessita de foco, força, disciplina e amor. Somado a tudo, isso uma dose de auto-recompensa, também é bem vinda.

O primeiro passo é sair da posição de vítima. Sempre terá um culpado para o vitimista, e esse culpado jamais é ele mesmo. O vitimista gasta horas se lamentando, não apenas para as pessoas que o rodeia, mas também para si mesmo, no profundo de seu âmago, em um cenário mental desgraçado que criou para si mesmo como desculpa para sua inércia. Esse tempo precioso está sendo empregado para desenvolver uma série de doenças futuras, inclusive a depressão, que é uma das mais graves.

Para libertar-se do vitimismo a receita é simples: trabalhe com as ferramentas e com o conhecimento que tem; e busque constantemente aperfeiçoar seus conhecimentos e ferramentas. O vitimismo está relacionado com o egoísmo, o vitimista sempre está preocupado muito mais consigo mesmo do que com as outras pessoas, seu problema é sempre o mais importante e até o mais interessante. Uma das frases mais usadas pelo vitimista é: 'Ninguém sabe o que eu passo'.

O segundo passo é se envolver com pessoas positivas, pessoas de sucesso. Lembre-se que a quantidade de dinheiro que uma pessoa tem não representa o seu nível de sucesso. Sucesso é paz, realização interior e reconhecimento. Sucesso não é trabalho duro, ter sucesso é fazer o que gosta e ainda ser pago por isso. Há uma série de definições para a palavra sucesso, porém, isso daria um livro, e não é a intenção desse artigo.

O terceiro passo é: aprenda a gostar do seu trabalho. Você pode até querer mudar de ramo de atividade, isso é válido. Porém, querer e não fazer nada para que isso ocorra é um gasto tremendo de energia mental. O meio é: querer e agir para obter. Por exemplo: se você estudar meia hora de outro idioma por dia será extremamente melhor do que não estudar nada. Pode ser outro idioma ou qualquer outro tema que traga crescimento pessoal e profissional. 

Lembre-se, seu trabalho é sagrado, é através dele que compra seu alimento, paga as faturas de água e energia elétrica para poder ter banho quente todos os dias. É pelo seu trabalho, ou pelo trabalho de alguém, que a assinatura da internet que você está usando agora para ler esse artigo é paga. É o seu trabalho que paga seu descanso e seu lazer. 

O quarto passo é: adquirir o gosto pela leitura. Para adquirir o gosto pela leitura, comece com livros que trazem temas de seu interesse; determine uma quantidade de capítulos, páginas ou horas para ler todos os dias. No começo, ‘pegue leve’, e depois vai aumentando essa quantidade gradativamente. Preste muito bem atenção nisso: quem lê sabe muitíssimo mais; e, quem não lê, sempre é mais fácil de ser passado para trás. Pegue uma quantia de seu salário todo mês e compre um livro ou mais. Provavelmente em sua cidade deve haver alguma loja que tenha bons títulos e bons preços.

O quarto passo é: crie objetivos realistas e desenvolva metas para chegar nesses objetivos.  O que você queria ser quando crescesse? E agora, por que você não quer ser mais nada? Nesse caso, não há diferença entre uma criança e um adulto: a criança tem sonhos e o adulto tem objetivos.  Sonhos e objetivos, nesse caso, são sinônimos. A grande diferença é que uma criança nunca deixa de sonhar. Contudo, o adulto constantemente abandona seus objetivos.

O quinto passo é: preste mais atenção em todos e em tudo. Você percebeu que eu coloquei o ‘quarto passo’ duas vezes? Isso foi proposital, para você mesmo ver se você está concentrado no que você está lendo. E se está, excelente. E como você reagiu a esse suposto ‘erro’? Você pensou: “Vou lagar esse texto pra lá, esse cara nem presta atenção no que escreve e fica se achando o blogueiro”. Ou ao invés disso lhe veio à ideia: “Vou enviar uma mensagem para que ele corrija isso, não vou colocar nos comentários, pois é deselegante, afinal, o texto é relevante”.

Considerações finais para o texto não ficar muito extenso: crie uma agenda semanal, determinando o que fará em cada dia para desenvolver suas habilidades profissionais, interpessoais e intrapessoais; tenha um tempo para praticar concentração e meditação; faça algo para agregar valor à sociedade, mesmo que seja algo pequeno; agradeça a Deus por tudo; e, esteja junto de quem gosta de você. Existem muitas outras técnicas para criar bons hábitos, agora cabe à você garimpá-las por si mesmo. Deixe sugestões nos comentários.