A
palavra do momento é sustentabilidade. Uma palavra bonita, porém de difícil
aplicação. Todo empreendimento humano deve considerar as questões sociais,
energéticas, econômicas e ambientais para que esteja dentro do conceito de
sustentabilidade. Quando uma dessas vertentes não é cuidadosamente considerada
o ciclo sustentável se quebra causando problemas de curto, médio e longo prazo.
O principal elemento desse ciclo é a sociedade. Desenvolver atividades que não
permitam ou prejudiquem o desenvolvimento humano coloca em risco um modelo de
vida saudável que se espera alcançar para a humanidade no futuro. A questão
energética é fundamental, pois, sem energia para as indústrias, lares, meios de
transporte e sistemas de comunicação e informação essa sociedade voltaria para o chamado ‘tempo da pedra’. Ao longo dos séculos o
próprio organismo humano se adaptou a algumas facilidades trazidas pela
modernidade. O homem de hoje teria muita dificuldade em viver na mata da pesca
e da caça. A Economia estuda a escassez de bens buscando meios para que não faltem recursos
para todos. Quando a distribuição dos bens é feita irregularmente ocorre o
atraso e até mesmo o retrocesso na qualidade de vida de uma parcela da
sociedade. O sistema de transporte público sucateado é exemplo de escassez nos grandes centros urbanos. Muitas pessoas compram veículos para não depender do sistema arcaico oferecido pelas empresas de transporte, deste modo procuram ganhar tempo e melhorar a qualidade de vida. Essas pessoas, quando
questionadas, afirmam que se o transporte público fosse de qualidade optariam
por usá-lo. Vê-se nesse caso desequilíbrio na administração dos
recursos financeiros dos sistemas de transporte público. Com mais
veículos nas ruas ocorre lentidão no tráfego, poluição sonora, visual e
atmosférica. A poluição atmosférica desencadeia doenças respiratórias que
superlotam os hospitais gerando gastos para a área da saúde. Percebe-se que os
fatores relacionados estão intimamente ligados e que várias mudanças devem ser
feitas tanto no setor público quanto no privado para alcançar a dita
sustentabilidade. A Gestão Ambiental é uma ferramenta que deve fazer parte de
todas as empresas públicas e privadas. Deve-se desenvolver uma visão holística
no que tange às questões abordadas e muitas outras devem ser consideradas.
Empreendimentos voltados para obter lucro sem tocar as questões sociais,
energéticas, econômicas e ambientais não terão espaço no novo cenário que se
apresenta. Cada dia mais pessoas estão tomando conhecimento dos problemas
ambientais e setores que não buscarem a sustentabilidade perderão esses
clientes.
Zel Florizel
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