24 de abril de 2017

Tom Smith and The Merry Jaynz Band

O Brooklyn é a uma das cidades mais populosa do estado de Nova York, caracteriza-se pela sua diversidade cultural exercendo um papel fundamental na arte americana na literatura, cinema, teatro e não poderia ser diferente na musica. É de lá que vem Tom Smith (53) guitarrista da baa The Merry Jaynz.

Tom nos conta que teve uma ótima infância. “Às vezes escuto detalhes de pessoas que sentem que sua infância foi realmente difícil, e são coisas que aconteceram comigo, acho que tenho uma tendência a focar nas coisas positivas”, enfatiza. Nessa época o artista apreciava esportes, de preferência futebol americano e também gostava de desenhar. “Na minha rua morava uma dezena de garotos, então, havia crianças brincando na rua o tempo todo”, comenta.

Tom comenta que sua adolescência foi dura, contudo poderia ter sido bem pior. “As coisas eram melhores, depois eu descobri a musica e a marijuana!”. Destaca. Nessa ocasião tocava baixo e guitarra o máximo de tempo que era possível.  Seu encanto pela musica se deu quando tinha treze anos de idade. “Pousei as mãos em um baixo pela primeira vez, pertencia a um amigo de meu pai, quase nem devolvi no lugar!”. Ressalta.

O artista comenta que deveria ter tido aulas de canto, mas não tinha necessidade de cantar até mudar para guitarra. “Eu adoro cantar agora, mas não tenho nenhuma desilusão sobre o meu nível de habilidade na área vocal”, revela. Por essa razão Tom acrescenta que aprecia muito mais um intérprete profissional. Logo após o colégio o artista ficou sem muita ocupação, então treinava musica de doze a dezoito horas por dia, atualmente são poucas horas por semana.

De acordo com Tom, a única ajuda que teve dos pais foi a compra do amplificador para seu baixo, somente. No inicio da carreira como músico a maior dificuldade era levar o equipamento necessário para se apresentar com seu baixo. “Eu não tinha carro, então, eu tinha que puxar meu baixo e amplificador cerca de quarenta quadras pelo caminho, às vezes tinha que pegar ônibus ou metro até Nova York com todo o equipamento”, acrescenta.

O artista teve aulas de baixo, guitarra e história da musica no colégio com o professor Dal Florian, foram aproximadamente doze horas aulas. Contudo, mais talentosos que ele e pacientes, seus amigos o ajudara, ensinado, o deixando tocar junto com eles e respondendo uma centena de dúvidas que tinha, conforme relata Tom. Para comprar seus instrumentos, o artista nos conta que aos quatorze anos trabalhou em um restaurante e um supermercado nas férias de verão. 

Perguntado sobre a razão de escolher o baixo como primeiro instrumento, o artista relata que se tornou bom no baixo e foi rápido. “Foi justamente a procura de pessoas mais velhas e melhores que eu tive um impulso nas minhas habilidades com o instrumento, me senti entusiasmado”, ressalta. Os artista que o inspiram são: Jerry Garcia, Frank Zappa, Derek Trucks, Les Claypool, Jorma Kaukonen, Jack Casady, Phil Lesh, Jack Bruce, Jeff Beck, Eric Clapton, Dweezil Zappa.

O primeiro show de Tom foi em uma festa de aniversário em Staten Island na cidade de Nova York no verão de 1977. Nessa ocasião não recebeu cachê. De acordo com o artista a experiência foi mais fácil do que ele pensava. Contudo, teve uma irreal expectativa de que rolaria algo mais com alguma garota. “Não rolou”, lamenta.


Além de músico, Tom é também compositor. O artista relata que começou a escrever alguns riffs curtos entro os anos de 1976 e 1977. Suas fontes de inspiração são: a vida, as pessoas que estão à sua volta e por seus precursores musicais. Sua primeira criação foi a musica ‘Comes Slowly’, escrita por volta de 1978. Não há gravações da canção, porém o artista ainda sabe a letra e melodia. Seu processo de concepção frequentemente começa pela melodia, depois vem a letra. “A letra é a parte mais difícil para mim, quando os versos vêm antes da melodia o processo se torna muito mais rápido e fácil”, revela. Atualmente Tom conta com dois programas de gravação de bateria que implementaram seu processo de criação. O artista também participou de algumas colaborações musicais, porém, não foram gravadas.

Entre suas criações favoritas está a canção ‘I Got This Feeling’, musica gravada por sua banda The Merry Jaynz que está no CD de 2015 e leva o mesmo nome, além de I Got This Feeling, estão também no álbum as canções: A Thing, Piggy Boy, Whatever Happened to My Money?, The End is Near, Walk Outside, Happy Birthday, Not Your Birthday, Let It e God's Country. No alto da carreira a banda costumava fazer de quarto a seis shows por mês. Além de Tom o grupo é composto por sua esposa Susan Jane Smith, que toca baixo e Myron Hammontree na bateria.

Sobre as dificuldades na carreira musical o artista relata que a principal é que as casas de shows pagam atualmente o mesmo que pagavam nos anos de 1970, e comenta isso é a principal razão de não fazer mais shows para fora. “Quando você toca em um bar, você está simplesmente tocando pela cerveja, para fazer algum dinheiro você tem que vender CDs ou camisetas, não foi para isso que eu pratiquei várias horas durante todos esses anos”, desabafa. 


Para Tom as musicas vêm através dele e não por ele, ou seja, ele é apenas um veículo. “As ideias que recebo têm significados para as outras pessoas”, salienta. O artista acha interessante o fato de não ganhar nenhum dinheiro tocando em bares, mas tem conseguido levantar algumas centenas de dólares fazendo shows beneficentes para ajudar amigos.

Sobre a complexidade do mundo Tom enfatiza que as más notícias são extremamente difundidas pela mídia e as boas são completamente ignoradas. “O mundo não é tão complexo e malvado como nós temos dito, encontre uma pessoa e olhe dentro de seus olhos, isto é o mundo em sua mais básica realidade”, ressalta. Sobre suas expectativas em relação ao mundo, Tom é bastante objetivo: “O mundo continuará após minha partida”.


Perguntado sobre o que o deixa irritado e o que o deixa feliz o artista enfatiza que desistiu da irritação, e se sente feliz com novas musicas, com o riso de seus filhos e vendo as pessoas melhorarem de humor a escutá-lo tocar. Para conhecer mais sobre o trabalho de Tom Smith e de sua banda The Merry Jaynz acesse: The Merry Jaynz Official Website, Twitter, YouTube, Fan Page, BandCamp, SoundClound, ReverbNation, Cd Baby e Spotify.

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