30 de novembro de 2016

Wes Romaniuk Music and History

Ontário é uma das regiões mais industrializadas do Canadá onde vive mais de um terço da população do país, uma economia sólida. Sua população, além dos nativos, é composta por imigrantes e descendentes de ingleses, irlandeses, escoceses, franceses, alemães e italianos. A cidade de Kenora é a região onde se concentra o maior eixo administrativo da região.
Além da indústria e administração, Kenora também é berço de boa música. É de lá que vem Wes Romaniuk (43), cantor, músico e compositor. Nascido em uma família de cinco filhos, o artista nos conta que a vida na época não era fácil, porém, havia muito amor.
Na infância Wes costumava jogar baseball, hockey no gelo e ouvir seu pai cantar musica country. Na adolescência o artista frequentou escola católica e lá se formou no ano de 1991, tínhamos muitos amigos e fazíamos muitas festas”, comenta.
Seu interesse por musica começou log aos seis anos de idade ouvindo seus pais cantar e tocar violão. Wes também cantava no coral da escola. Apesar de nunca ter tido aulas de canto desenvolveu sua técnica vocal por amor a musica. “Sempre pratica musica de uma a duas horas por dia”, ressalta.
Em 2009 o artista perde o pai, John Romaniuk, quem lhe ensinou musica desde os primeiros acordes e lhe deu seu primeiro violão. Contudo, sua mãe continuou o apoiando na musica. Perguntado sobre as dificuldades na carreira musical, Wes acrescenta que não é sempre fácil, porém, trabalhando duro o sucesso certamente vem. Seus principais instrumentos é o violão e a voz.
O cantor nos conta que escolheu o violão por gostar da sonoridade e também porque o instrumento o ajudava no seu processo de criação. Os artistas que sempre o inspiraram forma: seu pai, Garth Brooks, Blake Shelton, John Bon Jovi, Guns in Roses e Luke Brian. Seu primeiro show foi em um festival musical em sua cidade natal. Seu primeiro cachê foi de 500 dólares. Wes nos conta amou aquela experiencia.
Em sua jornada de composições o artista recebe inspiração das coisas sobre amor, vida e sua esposa Crystal-Lynn. Sua primeira criação chama-se ‘I Found You’. Em seu processo de criação o violão está sempre presente, é através dele que Wes descobre as harmonias e campos melódicos e depois surgem as letras. Às vezes tendo que mudar algo na melodia ou na letra para encontrar a métrica perfeita, “algumas composições são criadas em poucas horas e outras levam semanas para estarem prontas”, acrescenta.
Em sua trajetória musical o artista fez colaboração musical com a banda Krazy Madness nas canções ‘Southern Lives’ e ‘I Could’. Sua criação favorita é a musica ‘The Blame’[link]. Recentemente Wes assinou com o selo Perfect Pitch Nashville. O cantor faz uma media de três shows por mês, a banda é ele e seu violão.
Além de cantar, tocar e compor, Wes administra uma casa noturna que apresenta musica ao vivo. “Eu amo musica, esta é a minha paixão” enfatiza. O artista acrescenta que a musica o permite se expressar e dizer exatamente o que ele quer dizer. “Eu adoro tocar para as pessoas”, ressalta.
Perguntado sobre sua expectativa a respeito do mundo, Wes é bastante objetivo: “Eu gostaria de ver as pessoas do mundo se amando, cuidando umas das outras e cuidando do planeta que vivemos”.  O que o aborrece são pessoas egoístas, “não gosto de pessoas que querem levar vantagens”, argumenta. E o que o faz feliz é tocar musica, tomar cerveja, amar a Deus e sua esposa. A jornada de Wes na musica é realmente fantástica, para conhecer mais sobre o trabalho do artista acesse: Wes Romanuik Official Web SiteFan PageTwitterInstagramYouTube e ReverbNation.


16 de novembro de 2016

Francesco Liccari Music and Life

A Itália sempre foi berço de uma cultura riquíssima na maioria das artes. Na musica trouxe grandes nomes como: Andrea Bocelli, Peppino di Capri, Luciano Pavarotti, Pino Daniele, entre outros, reforçando uma das expressões artísticas mais apreciadas pelo público.
A nova safra de artistas italianos continua compartilhando a beleza de seu idioma pelo mundo. É de lá que surge Francesco Liccari (25). Francesco é nascido na cidade de Trieste, cidade ao nordeste da Itália com influencias das culturas latina, slavica e germânica pela sua localização geográfica. O artista nos conta que teve uma infância feliz, costumava se divertir com as outras crianças brincando na rua de sua cidade, gostava de desenhar e escutar musica e logo aos nove anos de idade passou a estudar violão clássico.
Francesco sempre dedica de uma a quatro horas por dia estudando e treinando em seu instrumento musical. A família lhe dá total apoio em sua carreira artística. Seu primeiro instrumento foi um violão comprado para o irmão mais velho, porém, ele não se interessou pelo instrumento. Vendo o interesse de Francesco pela arte rapidamente o enviaram para uma escola de musica.
Já bem familiarizado com o instrumento, o artista passou a ter aulas com Andrea Massaria (guitarrista de jazz) entre os anos de 2000 e 2001. “Ele me ensinou tudo que sei sobre musica”, comenta. E seus pais continuaram patrocinando seus estudos. Francesco tem gosto variado para musica, entre os artistas que o inspira estão: Bob Dylan, David Bowie, Lou Reed, Rolling Stones, Neil Young, Cat Stevens, Donovan, Woody Guthrie, Leonard Cohen, entre outros.
Seu primeiro show foi no ano de 2009 em sua cidade, estava acontecendo um evento musical na cidade e Francesco entrou em contato com os organizadores para participar. Cachê não teve, porém, as sensações foram as mais variadas possíveis como descreve o artista: “Foi engraçado e assustador, emocionante e ruim, eu estava completamente fora de tempo por causa da ansiedade de tocar para o público, foram momentos engraçados”.
Um ano antes, em 2008, após nove anos estudando musica, decide criar suas próprias canções. Sua inspiração vem de cá e de lá, como ele mesmo coloca. Às vezes as letras o inspiram na criação das musicas, e às vezes ocorre o contrário, são essas que inspiram àquelas. “Algumas letras falam sobre como eu vejo o mundo e como eu sinto meu papel em tudo isso”, acrescenta. De acordo com o artista, os temas surgem de seu mundo interior e exterior, contos inspirados por pessoas conhecidas, reflexões sobre o amor, memórias, tempo e vida. “Eu poderia dizer que a inspiração vem de outra dimensão: quando fecho meus olhos, minha mente vai através do espaço e pensamentos vão desenhando as histórias para minhas letras ou tocando as notas para minhas melodias”, ressalta.
Uma de suas primeiras composições foi a musica Desert Visions. Perguntado sobre seu processo de criação, o artista nos revela que é complexo e ainda não conseguiu entendê-lo muito bem. Uma de suas criações favorita é a musica Sad-Eyed Lady escrita em 2010 e que faz parte de seu primeiro EP. Porém, ele enfatiza que gosta de todas as musicas que gravou, caso contrário descartaria antes de gravá-las.
A coletânea musical de Francesco é constituída por dois EPs. O primeiro deles, Memories of Forgotten Seasons, foi gravado em 2014 tendo como tema principal a solidão do ser humano. As musicas que o compõe são: Desert Visions, What Is Love (He’ll Never Know), Life, A Song For a Man, Rainy Night e Sad-Eyed Lady. O segundo EP, Raw Notes, estará disponível para o público ainda no final de 2016, sua temática é sobre arrependimentos, sensações inspiradas pela natureza, o bloqueio do escritor, e do artista em geral, e memórias apagadas pelo fluxo do tempo.  AS canções que o compõe são: Long Winter, The Wind, My Nightmares, She’s Not There at All e The Fallin’ Leaves’ Fall.
Perguntado sobre a principal dificuldade na carreira artística Francesco nos revela que o difícil é chegar ao público certo, “é um trabalho árduo de se fazer”, enfatiza. “Quando você tem uma grande gravadora ou uma gravadora, eles fazem todo o trabalho e você é o peão, caso contrário você faz todo o trabalho duro e você será o rei”, brinca. O artista ressalta que ama trabalhar com musica, pois, passou a sua vida inteira estudando, tocando e escrevendo musica. “Através da musica eu posso expressar minha criatividade e meus sentimentos, e eu desejo que esses mesmos sentimentos possam ser alcançados pelas pessoas e que elas se possam se unir pela mesma paixão por meu gênero musical”, argumenta.
Musica é uma constante na vida de Francesco, é seu modo de se relacionar com o mundo, é o que o ajuda a extravasar suas alegrias e tristezas. “Eu não sou muito bom com textos, quando falo ou escreve, no entanto, as letras das musicas organizam minhas palavras e se tornam algo que pode ser dito através das notas musicais”, revela.

Sobre a complexidade do mundo atual o artista faz as seguintes considerações: “o mundo moderno é caótico e complexo, é como Joey Ramone cantou, ‘este é um mundo diferente hoje em dia, e eu simplesmente não o entendo’, este mundo me deixa ansioso e a musica é o único meio que tenho de lidar com isso”, completa. Contudo, Francesco espera que as coisas mudem, e confia em mundo melhor no futuro a esperança de uma eterna primavera. O que o deixa feliz é saber que alguém se apaixonou por uma de suas musicas e acrescenta que dificilmente se irrita, aprendeu a controlar suas emoções com a prática de artes marciais. Para saber mais sobre o trabalho de Francesco Liccari acesse seus canais na web em: Website Oficial, Twitter, Fan Page, YouTube, SoundCloud e BandCamp.


15 de novembro de 2016

Cody Morgan Music and History

 Em 1912 chegava a Hazard, pequena cidade ao leste de Kentucky – EUA, a primeira linha ferroviária. Com cerca de cinco mil habitantes, Hazard é cercada de montanhas e bastante arborizada. A cidade foi tema musical na canção High Sheriff of Hazard escrita pelo compositor norte-americano Tom Paxton, autor de vários sucessos, inclusive gravado também por Bob Dylan.
E tratando-se de música, é de lá que vem o jovem cantor, compositor e músico Cody Morgan (19). O artista nos conta que teve uma infância ótima, não poderia ser melhor. Seus pais deram sempre o melhor de si e nada lhe faltava naqueles dias. Seu divertimento preferido era assistir luta livre pela televisão todas as segundas e sextas-feiras. “Eu realmente queria ser um lutador profissional antes de entrar para o ramo da música”, comenta. Já tinha nome de lutador e tudo mais, seu nome de lutador era “Coolio”. Sempre ia com seu primo mais velho à casa de sua avó para algumas disputas.
Cody já tocava violão em sua infância, mas foi na adolescência que seu interesse pela musica se tornou mais forte. Seus pais lhe deram total apoio na sua carreira artística e eles sempre diziam: “poderíamos nos mudar para Kalamazoo em Michigan se você tiver que fazer shows por lá”, acrescenta. A fotografia foi também uma grande paixão do músico em sua adolescência. “Quando eu não estava tocando musicas, estava procurando algo interessante para fotografar”, comenta. Além da fotografia, Cody também gostava de fazer filmagens e colecionar vinil.
Sua inspiração para a musica surgiu de casa, sua mãe e seu avô sempre costumavam tocar violão e cantar, e desde bebê o pequeno Cody já se encantava com aquilo que o acompanharia por toda vida. “Cresci sobre a influência de musicas gospel e country, essas nuances estão presentes em minha música, embora meu estilo seja o gênero american-indie”, ressalta.
O artista jamais teve aulas de canto, sua sorte é que sua mãe sempre o guiou mostrando os caminhos mais acertados na arte de cantar. “Foram vários anos de aprendizagem”, revela. Atualmente o artista se dedica integralmente a musica, praticando todos os dias e buscando novos conhecimentos para aplicar em sua arte. “Uma das coisas que mais gosto de fazer é aprender”, enfatiza.
Cody costuma fazer vídeos ao vivo pela internet, onde pode interagir melhor com os fãs. A maioria das musicas que toca e canta são pedidos dos fãs que o acompanham pela web. “Musica é o meu negócio, então eu toco o que as pessoas pedem”, acrescenta. Por seu estilo de agradar o público, o artista tem se tornado muito versátil, tocando diversos gêneros de musica.
Cody faz questão de enfatizar a importância de seus pais, Richard e Mary, em sua carreira. “Eles sempre me levam onde quer que eu precise estar”, comenta. Sua mãe é quem se encarregou pela parte empresarial de sua carreira. “Ela tem conhecimentos inacreditáveis sobre o que fazer e o que não fazer, ela tem um senso apurado para o negócio da musica”, ressalta. E seu pai é quem cuida do equipamento de som.
Uma das principais dificuldades para Cody no início de carreira foi ter nascido em uma cidade pequena com pouco espaço para sua arte. Então, iniciou sua carreira musical na cidade de Prestonsburg, cerca de uma hora de sua cidade de origem, onde costuma tocar em uma casa chamada Lizzie B’s Café. “O cenário musical é próspero em Prestonsburg”, acrescenta.
Além de seu trabalho solo, o artista se apresentou como guitarrista principal cantor da banda Down 28, “nos tínhamos uma base de fãs muito leal”, ressalta. Após desentendimento sobre estilos musicais decidiu romper com a banda e seguiu em carreira solo. Recentemente, Cody gravou com sua namorada uma musica country chamado Something Different.
Embora seu principal instrumento seja a guitarra acústica, o músico também toca outros instrumentos como: banjo, bandolim, ukelele, bateria, baixo, piano e saltério (instrumento medieval de cordas), sendo autodidata em todos com exceção ao banjo. O banjo lhe foi ensinado por Ron Howard na escola da comunidade em sua cidade e seus pais pagaram as aulas.
Seu primeiro violão foi um presente de aniversário que seu primo ganhara, e não se interessando pelo instrumento o abandonou na casa de sua avó. Porém, Cody se interessou muito, e ficou com o violão para si. “Então, eu estava no processo de aprendizagem, e sentia que uma guitarra regular era muito grande para as minhas mãos, então, eu ‘peguei aquela emprestada’, e aprendi a tocar com ela”, revela. Quando aprendeu dez musicas completa, seus pais lhe presentearam com um novo violão.
O violão tem sido o instrumento principal de Cody e seu predileto, embora ele toque vários outros. “O violão resoa perfeitamente comigo, é meu melhor amigo, ele sabe coisas sobre mim que ninguém mais sabe”, enfatiza.
Os artistas que o inspiram são: The Black Keys, Slash, Chris Stapleton, John Paul White, Gregory Alan Isakov, Willie Nelson, The Lumineers e The Avett Brothers. Além de tocar profissionalmente, Cody toca voluntariamente nos meses de julho na Firework Celebration na cidade de Leslie Country em Kentucky.  
Seu primeiro show solo foi em março de 2015 no Lizzie B’s Café em Prestonsburg. Perguntado como foi experiência o artista nos diz: “é algo que jamais poderia ser duplicado, os tremores do primeiro show são intensos da melhor maneira possível é verdadeiramente mágico”. Atualmente faz de quatro a seis shows por mês.
Cody se interessou por escrever musicas logo que começou a tocar instrumentos musicais, costumava fazer paródias no inicio. Porém aos quinze anos passou a escrever com mais seriedade. O artista comenta que as rupturas nos relacionamentos são sempre um bom catalisador para a criação de musicas. Porém, escreve sobre assuntos variados. Sua primeira composição foi a musica How about you, Judy?, escrita aos quinze anos de idade. Porém, não há gravações e ele não sabe onde a letra foi parar. Suas inspirações para escrevem vêm das coisas do dia-a-dia, quando acontece algo de errado ou que o chateia. E também, gosta de criar temas para intrigar outras pessoas ou inspirá-las.
Além de suas composições, Cody tem muitas canções em parceria. Muitas delas ele escreveu com Mary, sua mãe; outras escreveu com músicos de estilos variados e outros compositores. Suas criações prediletas são: Love Songs e Briar Rose gravada no estúdio The Mountain Arts Center e produzidas pelo produtor musical Brennem Meek. Atualmente o artista está no processo de produção de seu primeiro álbum Rocket Ships and Fireflies. As musicas do trabalho são: Since You’ve Came, Let It Go, Hard To Love You, Dead City, Skies The Limit, Road Signs And Sunsets, When You Pray e o single Love Songs.
Perguntado sobre as dificuldades na carreira musical o artista comenta: “você é obrigado a receber vários nãos que as pessoas irão lhe dizer, mas você não pode deixar isso te abater, você tem que pegar isso e transformá-lo em motivação”. Para Cody, todas as pessoas tem um chamado, e a musica é o seu. “Meu amor pela música é indescritível, sem a musica em minha vida haveria um grande vazio”, enfatiza.
O artista adora trabalhos voluntários e está sempre envolvido com alguma ação desse gênero. No momento está organizando um evento chamado Lets Save Christmas, Vamos Salvar o Natal. O evento contará com vários músicos da região para arrecadar fundos para um programa que distribui alimentos para crianças carentes em época de férias de Natal. “Haverá comida suficiente para o café da manhã, almoço e jantar, para ter certeza que estarão bem alimentados nesse período de férias”, comenta.
Sobre a complexidade do mundo Cody se diz otimista e acredita que há muitas coisas boas. “Gosto de olhar para a vida e vê-la como um copo de água meio cheio, eu acredito que estou aqui de algum modo novamente, e poderei ajudar através da música”, acrescenta. As coisas que o chateiam muito é ver pessoas e animais sendo maltratados. O que o faz se sentir bem é assistir filmes de Adam Sandler e passar o tempo com as pessoas que ama. Sua namorada e a musica, é claro, é o que sempre faz seus dias melhores. “São sempre um farol brilhante para mim”, ressalta. Para saber mais sobre Cody Morgan acesse seus canais na web em: SoundCloudReverbNationYouTubeInstagramTwitter e Fan Page.

4 de novembro de 2016

Marisa Zenatte Arte e Vida

Além de uma musicalidade riquíssima, o Brasil também é berço de uma gama de grandes mestres da literatura como: Machado de Assis; Jorge Amado; Graciliano Ramos, entre outros. Assim como na musica a literatura tem também inúmeros talentos pouco conhecidos, porém, de habilidades artísticas imensuráveis.
Nesse cenário encontramos a escritora e poetisa Mariza Zps. Nascida em Itirapina, pequena cidade do interior de São Paulo, cercada por montes, a autora nos conta que teve uma infância feliz junto à sua família, costumava brincar na rua com as outras crianças depois de ajudar a mãe nas tarefas do lar.

Aos sete anos mudou-se para São Carlos onde vive até hoje. Foi interessante e até um choque quando Marisa nos relatou que nunca se interessou por literatura quando mais nova. Porém, gostava muito de ouvir as histórias de sua avó paterna, Maria. Maria viveu até os cento e dois anos, ou seja, Marisa pode ter um bom contato com a arte literária através dos contos de sua querida avó.
Quando se deu conta, ainda menina aos nove nos, ela já estava escrevendo seus primeiros ensaios literários através de poesias e textos. Já na quinta série do ensino fundamental, a autora conheceu o professor de Língua Portuguesa Flávio, pessoa que a influenciou ainda mais pelos caminhos das letras. De acordo com a escritora, algo que está muito em falta hoje nas escolas é o interesse pela cultura.
Seu primeiro romance surgiu em um momento difícil de sua vida. Uma forte depressão a abatia, pois, tinha perdido sua mãe naqueles dias. Então, seu médico Dr. Sidney J. C. de Carvalho, conhecendo seu gosto pela literatura sugeriu que Marisa escrevesse um romance. Três meses depois nascia uma de suas mais belas peças literárias, Lírios Secos que seria publicado bem mais tarde, em 2016.
Seguindo com seus ensaios literários e poesias, surgiram as obras Rastros e Liberação da Percepção, publicadas em 2012. Em 2013 lançou novas coletâneas de poesias intituladas Fé e Argila e Poesias Hélices dos Sentimentos. E, atualmente trabalha em mais dois livros de poesia.
Lírios Secos, lançado em 2015, é uma peça envolvente, trata de uma antiga história de amor que por força das circunstancias teve que ser deixado de lado. Porém, os fantasmas do passado retornam causando inquietações nos corações das duas personagens centrais que outrora foram bons amigos de infância, adolescência e quase noivos. Agora ambos casados, devem buscar a sabedoria e o bom senso para se libertarem desses fantasmas.
Em Lírios Secos é interessante saborear o modo como a autora consegue se deslocar no tempo com os personagens sem perder o enredo. Isso não é tarefa simples, depende muito de dom e sensibilidade. E Marisa demonstra nessa primeira obra, que pode ser colocada ao lado de grandes nomes da literatura e manter seu brilho próprio. A autora permite ao leitor ter uma clara perspectiva psicológica das personagens envolvidas na trama, vale muito à pena ler o livro.
Marisa é filha, mãe, irmã e mulher. Mãe de Lucas (26), uma das razões de sua alegria, além da família e da arte literária. A escritora ressalta que sempre teve o apoio da família, principalmente de sua irmã mais velha Eliana. Perguntado o que a literatura representa em sua vida Marisa enfatiza: “gosto muito de artes, e a literatura é a minha terapia”.
Quando não está escrevendo, a autora está lendo suas obras preferidas são aquelas que exaltam o Ser, principalmente poesias. Seus autores preferidos são Gonçalves Dias e Castro Alves, seu livro de cabeceira é a Bíblia Sagrada. De acordo com a autora: “a arte expõe de forma atrativa aos olhos, ao coração e a alma mutações advindas de ideais e experiências vividas”.
Para a autora, as dificuldades na carreira se dá ao fato de que poucas pessoas são dadas a leitura. Contudo, Marisa se sente plena: “já plantei uma árvore, tenho um filho, editei meus livros; acho que o ser humano vive a buscar um mundo melhor e perfeito. Porém, isso só pode vir de Deus”, enfatiza.
Marisa gosta de incentivar as pessoas a leitura e completa nossa entrevista com a seguinte frase: “O conhecimento induz a sabedoria, e a sabedoria a felicidade”. Marisa Zenatte

Para conhecer as obras de Marisa Zps, acesse: Poesia Marisa Zenatte e Clube de Autores.