O
músico, cantor e compositor Ray Scott (55); nasceu em Cleveland, Ohio, terra do
Físico Donald Arthur Glaser, Premio Nobel em Física no ano de 1960. De acordo
com Ray, sua infância foi uma época simples, porém, feliz. “Nós não
possuíamos telefones celulares, então brincávamos na rua com as crianças
vizinhas; patinávamos no gelo; andávamos de bicicleta; e brincávamos de
pega-pega e esconde-esconde”, comenta.
Na
adolescência suas atividades favoritas eram os shows e as festas. “A vida
era tão divertida e normal; além disso, houve coisas desagradáveis também, mas
ficaram para traz, é melhor esquecê-las” revela. O artista acrescenta que sempre
gostou de música e tem vários músicos na família com desenvoltura para vários
instrumentos. Ray ingressou na banda da quinta série e o sax foi seu
instrumento de escolha e acrescenta que isso se deu porque não lhe ofereceram a
guitarra. “Meu avô comprou meu sax e me encorajou. Ele foi incrível!” Ressalta.
O
artista também se aventurou com a flauta e o clarinete; por volta dos quinze
anos, finalmente conseguiu comprar sua primeira guitarra. “Por necessidade,
comecei a tocar teclados e brincar com efeitos sonoros, porque queria
enriquecer minhas músicas e nessa época minha banda era somente eu”, acrescenta.
O
artista adiciona que jamais teve aulas de canto e também nunca gostou de sua
voz. “Eu apenas canto porque não tenho ninguém para fazer isso; pensando no
lado positivo isso nos dá uma sonoridade única”, enfatiza. Ray acrescenta
que não fica nenhum um dia sem lidar com música, a não ser que esteja doente ou
muito cansado. “Todas as noites estou em meu estúdio por pelo menos três
horas”, completa.
O
artista passou a ouvir músicas através de sua mãe que sempre tinha algo tocando
em casa, e acrescenta que ela sempre o incentivara a tocar. Para Ray, a maior
dificuldade no inicio de carreira foram frustrações por não ter condições de
comprar o equipamento necessário na época. “As coisas não mudaram muito,
faço minhas musicas com o que tenho e sou grato por cada pouco disso. Quando
comecei a gravar as vozes, guitarras e outros sons usava um gravador portátil,
o som ficava horrível!” Revela.
Ray
começou a ter aulas de guitarra aos quinze anos, seu principal instrumento hoje.
“Eu não queria ter que tocar a canção ‘Shoo Fly’ repetidas vezes, então
comecei a estudar por conta própria; eu já sabia ler partitura, então isso não
foi tão difícil”, comenta. “Eu gostaria de ter sax em algumas musicas da
minha banda ‘Jupiter's Eye’; não tenho saxofone desde que começamos, por
enquanto não posso comprar um; estupidamente vendi o meu último sax para sair
de férias com uma garota, a pior decisão jamais feita”, lamenta.
Entre
os artistas que o inspiram estão: Pink Floyd, King Crimson, Camel, Nektar, Alan
Parsons, e Hawkwind. Sobre composições o cantor acrescenta que se considera
mais um artista pintando com notas musicais do que um músico propriamente e sua
inspiração vem de todas as coisas. Sua primeira composição foi um punk que
escreveu aos dezesseis anos, chamado You've Got Gas. “Felizmente acho que já
não existe mais”, brinca.
Em
seu processo de criação, o artista costuma começar com guitarra ou teclados. “Quando
encontro algo que gosto e se encaixa a um sentimento, expando e desenvolvo uma
visão disso”, comenta. Entre suas composições favoritas estão: Down The Rabbit Hole (2013);
Touch The Sky (2014); Slipping Down The Drain (2013) Prometheus
(2013); e Secrets (2014).
Sua
banda Jupiter’s Eye teve início em 2000, desde então gravaram cinco álbuns,
sendo eles: Jupiter's Eye (2000); Illusional Responses (2003); Cosmic Cadence
(2013); Tales Calculated To Drive You Mad (2014); World Apart (2015); e o EP
Last In Space (2013). Atualmente
trabalham no novo álbum ‘The Indefinite Continued Progression Of Spacetime’.
As
trilhas instrumentais são todas de Ray, em algumas canções conta com a
participação do baixista John Urankar. “John costuma fazer o baixo, mas ele
não tem participado muito dos últimos álbuns, então eu gravo os baixos n
teclado”, comenta. Além de John, o artista também conta com a participação
de Ernie Elsahw. “Ele está trabalhando comigo em meu novo álbum; ele toca
teclados, guitarras, contribui com vocais e letras; somos amigos desde o ensino
médio”, acrescenta.
Para
o artista a pior parte da música nos dias atuais é que com os softwares
qualquer um pode fazer músicas. “Isso é bom e ao mesmo tempo ruim; é mais
fácil para as pessoas que têm paixão pela música, mas é difícil encontrar algo
de bom com todos os riffs e raffs que estão por aí; voltando no tempo os anos
70 foram os melhores; se eu tivesse começado a fazer música nos anos 60 haveria
uma chance de ter sido uma carreira de dinheiro; eu culpo os anos 80 por
arruinar a música, foi tudo em declive depois disso; agradeço os artistas que
eu conheci no Reverbnation e Soundcloud, por restabelecer um pouco minha fé na
humanidade”, desabafa.
Para
Ray, a música é algo interior que ele não consegue parar. “Para mim, a
música é o mais importante na vida, eu daria qualquer coisa para viver apenas
dela; é o que me permite ser criativo e expressar-me”, enfatiza. Por dois
anos Ray foi voluntário na direção da banda contemporânea da igreja além de seu
trabalho com a música.
Sobre
a complexidade do mundo o artista argumenta que não vê o mundo tão complexo
assim e acredita que são as pessoas que complicam. “Seria ótimo se o
dinheiro não tivesse poder sobre tudo e todos; se vivêssemos em harmonia e
amássemos uns aos outros; eu certamente desejo que nós parássemos de nos matar
uns aos outros, a vida já é muito curta!” Ressalta.
Ray
acrescenta que procura ser otimista sobre tudo e geralmente é feliz como
pessoa. “Eu amo minha família e amigos, minha música e meu cachorro, essas
coisas me deixam feliz; as coisas que me perturbam são as atrocidades que
acontecem no mundo,” acrescenta. Para saber mais sobre o trabalho de Ray
Scott acesse: ReverbNation, SoundCloud, BandCamp e Fan Page.
by Zel Florizel
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