A
cantora e compositora Tracy Colletto teve seu contato com a música bem cedo, logo
aos cinco anos de idade. “Lembro-me vividamente de estar no jardim de infância apreciando
as novas músicas que aprendi; eu as cantaria para minha família assim que
voltasse para a casa, então eles me pediriam para cantar para outros parentes e
amigos,” revela.
Seu
principal instrumento é a sua bela voz, geralmente Tracy toca piano ou teclado
como acompanhamento em suas apresentações. “Sempre cantei, mas quando se tratou de tocar um
instrumento musical na infância, escolhi a flauta, seguindo os mesmo passos de
minha irmã, ela era muito boa com esse instrumento; porém, não dava para cantar e tocar flauta
ao mesmo tempo”, brinca.
Na
adolescência Tracy passou a tocar violão e escreveu as canções do seu primeiro
álbum com o instrumento. Logo após, mudou para o piano seu atual instrumento e
com o qual escreveu as canções de seu mais recente CD. “Embora eu sinta
falta da portabilidade do violão, acho o teclado mais confortável e natural ao meu
estilo de composição,” explica.
De
acordo com a cantora, são muitos os artistas que a inspiram e de diversos
gêneros, alguns deles são: Annie Lennox, Kate Bush, Ane Brun e Alison Goldfrapp,
pelos vocais; Rickie Lee Jones e Tori Amos, pelas composições; e Bjôrk, pela
criatividade. “Voltando no tempo, sempre admirei o fraseado de Frank Sinatra; mais
recentemente, tenho escutado Dawes, Elbow e Ray Lamontagne”, acrescenta.
Sobre sua primeira apresentação, Tracy
nos contou que não lembra ao certo onde foi. Sobretudo,
sempre esteve envolvida com algo musical, seja no coral da escola, no teatro ou
em casamentos. “A primeira apresentação das minhas músicas originais em
público, foi em uma mostra de palco aberta em uma cafeteria local e meu amigo
me acompanhou no violão. Eu estava tão nervosa, porque quando você executa
música original pela primeira vez é algo realmente diferente, na ocasião eu
cantei três canções,” relata.
Na
primeira apresentação de Tracy não houve cachê. Contudo, a cantora pôde mostrar
seu talento como intérprete e compositora o que a tornou mais autoconfiante.
“Foi um alívio, porque eu finalmente compartilhei minhas canções; eu as matinha
somente para mim nos primeiros anos; nem mesmo minha própria família as tinha
escutado; mas agora eu estava feliz, elas eram apreciadas em público como as
canções as que já tocam nas rádios,” enfatiza.
Tracy
revela que começou a criar canções aos cinco anos. “Eram pequenos trechos que
eu cantarolava andando pela casa; no começo, as canções falavam
sobre voar ou vencer; mas logo elas passaram a expressar as emoções e o que acontecia
comigo em determinado dia,” adiciona. Sua primeira composição foi ‘Fly Someday’,
com cerca de um minuto.
A
cantora destaca que em seu processo de criação quase sempre a melodia surge
primeiro, baseada em uma emoção ou sentimento. “As letras demoram mais que as melodias, sei o que quero na música quando estou compondo,
mas as letras precisam se encaixar bem foneticamente e combinar com humor da canção,”
acrescenta.
“Minhas
criações favoritas são: Stay, essa é a minha predileta entre as baladas
tristes, adoraria apresentá-la com um quarteto de cordas ao vivo; também gosto
muito de Complete Peace, porque viajar e explorar são coisas que amo
muito fazer e a letra trata desse tema; Patmos é outra música inspirada
em viagem, ela fala sobre a beleza e os mistérios da ilha de Patmos;
continuando, adoro Keep on Changing, essa canção apresenta a maravilhosa
improvisação de Michael Ronstadt no violoncelo; e concluo a lista com The Ride,
esse é meu querido country som, gosto dele porque é divertido, um pouco
diferente e foi premiada no Independent Music Award como melhor canção
do gênero alternativo,” destaca.
O mais recente trabalho de Tracy é o álbum Chocolate
Happy Cake gravado na primavera de 2016 com as canções: It's Over, Falling
Back, Patmos, Release Me, Stay, Open Road, Keep on Changing, The Ride, Summer,
Complete Peace, Victory e It's Alright. A
cantora enfatiza que é muito afortunada em ter tido excelentes membros de bandas
profissionais trabalhando em seu álbum. Entre esses músicos estão: Kevin Hanson
(guitarras); Erik Johnson (bateria); Chico Huff (baixo); John Conahan (cordas e
piano); Gary Oleyar (violino e bandolim); Michael Ronstadt (violão); e o
engenheiro de som e produtor musical vencedor de dois prêmios Grammy, Glenn
Barratt.
Tracy
se apresenta em torno de sete vezes ao mês em cafés e casas de show. “São todos
locais pequenos; contudo, me apresentar publicamente faz parte da minha
prática” comenta. Suas apresentações são voz e teclado; a cantora adiciona que
adoraria tocar com uma banda completa, contudo depende das casas em que se
apresenta.
A
cantora acrescenta que onde mora não há muitos locais para apresentação de
cantores-compositores que pagam bem e bandas cover tocando em casamentos ou
bares se dão bem. “Entretanto, os serviços digitais têm aberto portas para que
minha música seja transmitida globalmente; isso impactou significativamente a
venda de CDs nos meus shows; é também de onde vem a maior parte da minha
receita,” revela.
Tracy
acrescenta que escolheu a música como profissão, pois, sempre teve a arte como
meio de se expressar. “Quando fizer uma pausa com a música, ela me perseguira
até eu voltar; a música é beleza e conforto, a vida sem música seria um
pesadelo,” enfatiza. Recentemente a cantora fez uma mostra gratuita em uma
biblioteca para apoiar uma instituição sem fins lucrativos que fornece
instrumentos musicais para estudantes menos favorecidos.
Sobre
o futuro no cenário musical, Tracy argumenta que é difícil fazer previsões com
tantas mudanças. “Infelizmente, parece que a tendência é a música perder valor,
pois a transmissão é gratuita e o acesso imediato diminuiu a atenção dada pelo
público”, lamenta. Para Tracy, o ideal seria uma renovação de interesse na
música ao vivo em um nível íntimo, de volta ao elemento humano básico. “A
conexão humana é muito importante,” argumenta.
Uma
das coisas que a desaponta é a industrialização da arte musical. “É lamentável
que músicos extremamente talentosos não consigam encontrar público porque a
música tem se tornado tão corporativa; no entanto, com a música online você tem
um grande potencial para alcançar o mundo, com algum trabalho árduo e fortuna,
o que me deixa feliz; somado a isso, o Spotify faz um bom trabalho para
recompensar os músicos; e o Twitter tem sido a melhor fonte de conexão e
network,” ressalta. Para saber mais sobre o trabalho de Tracy Colleto, acesse: Tracy Colleto Offcial Website; Spotify Twitter; Fan Page; SoundCloud; iTunes e YouTube.
por
Zel Florizel
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